A aorta é a maior artéria do corpo humano, alongando-se desde o coração, passando pelo tórax, até ao abdomen, onde se divide para fornecer sangue às pernas. Quando a aorta dilata e apresenta um diâmetro 50% superior ao normal, dizemos que estamos perante um aneurisma da aorta.
Após longos anos recebendo essa pressão, a aorta pode se fragilizar e ocorrer mudanças em sua estrutura, vindo a se dilatar. Quando esse aumento do diâmetro é superior a metade do tamanho normal ou esperado para aquela determinada região, isto é chamado aneurisma.
Ocorre geralmente após os 50 anos e está muito ligado à outros problemas de saúde como a hipertensão arterial, o tabagismo e também existe um componente familiar muito importante. Irmãos ou filhos de portadores desta doença tem um risco oito vezes maior de desenvolvê-la.
A principal causa da Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é a aterosclerose, ou seja, o acúmulo de gordura e cálcio nas paredes das artérias que levam o sangue para as extremidades do nosso corpo. Esse acúmulo provoca um bloqueio progressivo do fluxo sanguíneo e, dependendo do grau da lesão, pode ocorrer a interrupção completa com isquemia grave e risco de amputação ou sequelas graves. Esse fenômeno acontece, principalmente, nos membros inferiores devido às características de sua circulação e
pela grande massa muscular envolvida.
São dois os mecanismos principais do derrame ligado as artérias carótidas, mas ambos associados a doença aterosclerótica. No primeiro caso, ocorre o acúmulo de gordura e cálcio na parede da artéria (placa aterosclerótica) com estreitamento progressivo, podendo haver inclusive a obstrução total, impedindo ou dificultando o sangue de chegar ao cérebro. No segundo caso, fragmentos podem se desprender da placa de aterosclerose e ocluir artérias dentro do próprio cérebro.
Isto é chamado embolia arterial. De uma forma ou de outra a quantidade de sangue responsável pela nutrição do cérebro diminui drasticamente, e o cérebro humano necessita de uma quantidade muito grande destes nutrientes para se manter saudável e vivo. O tecido cerebral que sofrer uma falta de circulação grave vai morrer em poucos minutos. O cérebro tem a capacidade de se adaptar, mas aquela região nunca mais voltará a funcionar.
A Diabetes é uma das doenças mais comuns da atualidade, atingindo cerca de 9% da população mundial. No Brasil as pesquisas indicam uma prevalência de 5%, podendo chegar a mais de 20% após os 50 anos de idade, sendo um pouco mais comum nas mulheres. Em 2012, a International Diabetes Federation estimou em nosso País 13,4 milhões de doentes. Além do impressionante número, chama a atenção o fato de cerca de metade dos doentes simplesmente não saberem que são portadores do problema. Isto é muito grave. Esta população não está tomando a única atitude que poderia minimizar o impacto da doença, que é o seu controle.
O Linfedema é definido como um acúmulo de líquido e proteínas, que pode ocorrer em diversas regiões do corpo, mas com particular importância nas extremidades como braços e pernas. Várias doenças estão relacionadas ao comprometimento do sistema linfático, seja pelo seu bloqueio ou pela sua lesão direta.
Como destaques para as situações mais frequentes podemos citar:
• Linfedema nos membros superiores – ligado ao câncer de mama, geralmente pós-cirúrgico ou pós-radioterapia.
• Linfedema nos membros inferiores – ligado às infecções (erisipelas) de repetição.
• O sistema linfático é pouco conhecido, mas desempenha um importante papel em nosso organismo.
• Geralmente localiza-se paralelo ao sistema de transporte de sangue composto por:
• Artérias: vasos sanguíneos responsáveis pela distribuição de sangue oxigenado e rico em nutrientes a todos os órgãos e tecidos.
• Veias: vasos sanguíneos responsáveis pelo retorno deste sangue, agora com mais gás carbônico e sobras do metabolismo ao coração.
Entre as artérias e as veias existe uma diferença de pressão que permite o fluxo de uma para outra, mas desse diferencial de pressão decorre algum acúmulo de líquido e sobras metabólicas nos tecidos.
Os sintomas da Embolia Pulmonar podem variar de acordo com o tamanho e o volume do coágulo, e se já existe alguma doença pulmonar ou cardiovascular prévia.
Alguns dos sintomas incluem:
A linfangite é o processo inflamatório que acomete os vasos linfáticos, podendo ter diversas origens. Os sintomas mais comuns são muito semelhantes aos da erisipela, sendo que nesses casos, a vermelhidão da pele não é tão difusa como na erisipela, mas sim como estrias longitudinais (que correspondem ao trajeto dos vasos linfáticos).
A infecção ocorre quando a bactéria consegue penetrar na pele através de uma “porta de entrada” como pequenos ferimentos, escoriações, rachaduras nos calcanhares e micoses interdigitais (“frieiras”). Essa infecção pode causar sintomas gerais como febre, calafrios, mal-estar, dor de cabeça, náuseas e vômitos, além dos sinais e sintomas locais como inchaço (edema), dor e vermelhidão da perna acometida. As alterações da pele podem variar desde uma simples vermelhidão até a formação de bolhas e ulcerações com necrose de algumas áreas da pele. Também é comum o aparecimento de ínguas na virilha (aumento dos gânglios linfáticos na região inguinal). A localização mais frequente é nos membros inferiores, mas também pode ocorrer nos membros superiores, face e tronco.
Dor latejante que pode piorar durante, ou após o sexo, e atividade física, durante a menstruação, e após longos períodos na posição em pé ou sentada. Alguns estudos relatam que ela pode estar associadas a endometriose, a infertilidade e abortamento.
A síndrome de congestão pélvica e as varizes pélvicas podem ser avaliada e diagnosticada no consultório vascular ou em nível ambulatorial usando várias técnicas como doppler vascular, ultrassom transvaginal, laparoscopia, tomografia, ressonância, flebografia e ultrassom Intravascular.
Caso os sintomas sejam severos, incapacitantes, prejudiciais a qualidade de vida da paciente acometida, hoje o tratamento pode ser feito de forma minimamente invasiva, por técnicas de cateterismo, através da injeção de substâncias esclerosantes no interior das varizes pélvicas com o objetivo de eliminar os vasos comprometidos.
No caso em que haja obstruções nas veias ilíacas (síndrome de may-thurner) ou veia renal (síndrome de nutcracker), pode ser necessária a angioplastia com implante de stent.
Varizes pélvicas são aquelas que se formam ao redor do útero e ovários, algumas vezes se estendendo para as coxas, vulvas, ânus (hemorroidas) e nádegas, que geralmente acompanhadas de dor pélvica crônica e dor durante o ato sexual (dispareunia).
Elas ocorrem por obstrução do fluxo venoso, nos vasos que drenam o sangue dos órgãos pélvicos.
A Síndrome de May-Thurner ocorre aleatoriamente, ocorre entre 20-30% da população, e nem sempre é acompanhada de sintomas. O cruzamento da veia e da artéria ilíacas geralmente ocorre geralmente sem que haja compressão ou obstrução, mas em alguns casos, elas estão posicionadas de modo que a artéria ilíaca direita pressiona a veia ilíaca esquerda contra a coluna, estreitando-a, e podendo bloquear parcial ou completamente o fluxo sanguíneo através desta veia.
Está associado à abdução forçada do membro superior e é mais comum em atletas jovens que usam movimentos repetitivos do braço, por exemplo, levantadores de peso, lutadores, arremessadores de beisebol, jogadores de volleyball, tenistas e hoje muito comum nas academias de cross-fit.
As causas específicas da síndrome do quebra-nozes podem variar. Algumas pessoas nascem com certas variações na anatomia dos vasos sanguíneos, outros podem desenvolver a síndrome devido a alterações na estrutura anatômica do abdômen. Os sintomas são mais comuns em homens e mulheres na faixa dos 20 e 30 anos, mas podem afetar pessoas de qualquer idade.
Algumas condições que podem aumentar a chance de desenvolver a síndrome do quebra-nozes incluem: tumores pancreáticos, tumores no tecido que reveste a parede abdominal, lordose da coluna, nefroptose, quando o rim cai na pélvis quando você se levanta, aneurisma de aorta abdominal, mudanças rápidas de altura ou peso, baixo índice de massa corporal, linfonodos aumentados no abdome, gravidez.
Nas crianças, o rápido crescimento durante a puberdade pode levar à síndrome do quebra-nozes. À medida que as proporções do corpo mudam, a veia renal pode se comprimir. As crianças são mais propensas a ter menos sintomas em comparação com os adultos.
O diagnóstico clínico da SPT muitas vezes inclui uma trombose venosa profunda que não foi diagnosticada anteriormente, e só vai ser descoberta agora, quando o paciente apresenta os sinais e sintomas da síndrome pós-trombótica. As queixas variam muito, de acordo com a gravidade da trombose, sua extensão nas veias, etc. As principais são o inchaço (edema), veias varicosas superficiais, manchas na pele com ou sem o endurecimento, feridas de variados tamanhos (úlceras) e dificuldade para utilizar as pernas por causa de todas as alterações juntas (claudicação venosa).
O primeiro exame hoje para investigação da SPT é o Ultrassom Doppler Vascular que mapeia todas as veias superficiais e profundas das pernas, encontrando os pontos de formação dos coágulos e obstrução da circulação sanguínea. Com isto podemos compreender o grau de comprometimento do funcionamento do sistema venoso e também fazer um planejamento adequado do tratamento.
O segundo exame para uma investigação da SPT já pensando na possibilidade de um tratamento endovascular é a Angiotomografia ou Angioressonância venosa. Após a injeção de um contraste na circulação, as imagens são obtidas e depois reconstruídas, mostrando todas as veias e suas relações com as outras estruturas. Esta reconstrução pode ser tridimensional, permitindo aos médicos fazerem uma avaliação completa da situação e das alterações circulatórias, assim como também já programar o tratamento endovascular posterior.
Inicialmente a dor em toda a perna ou em uma parte dela (por exemplo a panturrilha, ou “batata da perna”), normalmente em apenas uma das pernas, com rápido aumento. Existem casos sem dor, mas no geral, a perna começa a inchar e mudar de cor, podendo ficar avermelhada ou com uma coloração azulada.
O inchaço da perna é o principal sintoma que leva a busca para o atendimento médico.
Pode ainda ocorrer a dificuldade para pisar, ou caminhar, com o membro acometido.
No primeiro atendimento médico, é importante fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças que deixam a perna inchada como: Flebite superficial, lesões musculares (com ou sem hematomas); Linfangites e Erisipelas; Doenças cardíacas ou dos rins (insuficiência cardíaca ou renal); Doenças de origem neurológica (dor ciática, etc.)
Tumor vascular é uma anomalia vascular formada pela proliferação de células de vasos sanguíneos. Diferentemente das malformações vasculares, demonstram proliferação de células endoteliais de diversas linhagens, e podem apresentar fase de crescimento rápido, constituindo, portanto, verdadeiras neoplasias. A maioria dos tumores vasculares é própria da faixa etária pediátrica, porém vários tipos podem ocorrer ao longo de toda a vida. A grande maioria dos tumores vasculares são benignos ou classificados como de malignidade intermediária. As neoplasias vasculares malignas são o angiossarcoma e o hemangioendotelioma epitelióide.
Incluem uma vasta gama de entidades, desde tumores benignos como hemangiomas, passando por tumores de comportamento localmente agressivo, como hemangioendoteliomas, até tumores francamente malignos, como o angiossarcoma, além de suas respectivas variantes epitelióides.
A Úlcera Venosa ou Úlcera Varicosa é um tipo de ferida que surge mais frequentemente nas pernas, principalmente no tornozelo medial, devido à insuficiência venosa, o que leva ao acúmulo de sangue e rompimento das veias e, consequentemente, ao surgimento de feridas que doem e não cicatrizam, além de inchaço na perna e escurecimento da pele. A presença de úlceras venosa pode causar grande desconforto e até mesmo gerar incapacidade de locomoção e laborativa, afetando a qualidade de vida do paciente acometido.
Esse tipo de úlcera é mais frequente em pessoas idosas, ou nas que tiveram Trombose Venosa Profunda no passado. Ocorre represamento do sangue levando e hipertensão venosa dificultando muito a cicatrização da ferida. Esse problema pode ser provocado por refluxo ou obstrução ao retorno venoso ao coração.
Varicocele é a dilatação anormal das veias testiculares, ou seja, da bolsa escrotal, que acontece principalmente após esforço físico. Ocorre principalmente entre os 15 e 25 anos e, apesar de ser uma das causas da infertilidade masculina (incapacidade de reprodução pro métodos naturais), não provoca disfunção erétil (dificuldade de manter ereção).
O tratamento da varicocele pode preservar a fertilidade e a função testicular, se realizado precocemente. Separamos informações importantes sobre essa condição, que está presente em 25% da população de jovens adultos.
Também conhecida como varizes do testículo, essa anormalidade vascular causa a dilatação nas veias do cordão testicular dificultando o retorno venoso e, consequentemente, provocando disfunção na produção e qualidade do sêmen.
Com o enfraquecimento e a diminuição na produção de espermatozoides, a fertilização dos óvulos é diretamente afetada, tendo como consequência a infertilidade. Pode ocorrer em ambos os testículos, sendo mais frequente no esquerdo, devido à alta pressão venosa.
As Varizes dos Membros Inferiores, e os famosos Vasinhos, que comumente afetam as pernas, são muito conhecidos e normalmente dispensam qualquer apresentação.
São as queixas mais comuns no consultório Vascular. Estudos apontam que cerca de uma em cada três mulheres, e um em cada cinco homens vão apresentar algum grau da doença ao longo da vida.
Entretanto, elas são apenas uma parte, um estágio, de uma doença muito mais complexa intitulada Insuficiência Venosa Crônica (IVC).
Seu diagnóstico e tratamento devem ser feitos por médico Vascular habilitado e experiente, para que os resultados sejam adequados e não ocorram complicações.
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